A pedido de representantes da ACISB (Associação Comercial e Industrial de Santa Bárbara d’Oeste) e do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), o presidente da Câmara barbarense, Edison Carlos Bortolucci Júnior, o Juca (PSDB), promoveu, nesta manhã (27), uma reunião entre parlamentares e empresários, com o intuito de debater a instituição do Dia da Consciência Negra, no dia 20 de novembro, como feriado municipal. A criação do feriado foi proposta pelo vereador Valmir Alcântara de Oliveira, o Careca do Esporte (PROS), por meio do Projeto de Lei 127/2015. Essa propositura deve ser apreciada pelos parlamentares na próxima semana.
Apesar de ressaltarem que reconhecem a importância da data e de apoiarem ações educativas, culturais e de conscientização nesse período, comerciantes e industriais alertaram sobre o impacto financeiro da criação de novo feriado e os riscos do aumento no desemprego no Município. “O CIESP e a ACISB enaltecem a Semana da Consciência Negra e o pioneirismo da cidade, que vem comemorando essa importante data desde 1997. Mas o que a gente tem avaliado é que a situação econômica atual, infelizmente, tem gerado desemprego, e a inserção de mais um feriado pode aumentar ainda mais esse índice nesse momento”, afirmou Stéfano Carnevalli, gerente-regional do CIESP.
Além do presidente Juca Bortolucci, a reunião desta quarta-feira contou com a presença dos vereadores Antonio Carlos de Souza, o Antonio da Loja (PR), Felipe Sanches (PSC) e Gustavo Bagnoli (PSDB), assim como de assessores parlamentares, representando os vereadores Antonio Carlos Ribeiro - o Carlão Motorista (PDT), Ducimar Cardoso – o Kadu Garçom (PR), Erb Oliveira Martins – o Uruguaio (SD), José Antonio Ferreira – Dr. José (PSDB), Careca do Esporte (PROS) e Wilson de Araújo Rocha – o Wilson de Engenharia (PSDB).
“Promovemos esse encontro para que os representantes do setor produtivo pudessem se manifestar, alertando os vereadores para a responsabilidade da votação dessa propositura”, afirmou Juca, ressaltando o posicionamento dos comerciantes presentes, os quais deixaram claro que, no caso de feriados prolongados, além do aumento do custo, em virtude do pagamento de horas extras, esses estabelecimentos perderão vendas. “Novembro é um mês de vendas aquecidas, no qual as lojas fazem caixa para o pagamento do 13º salário e para os meses de janeiro e fevereiro, quando a movimentação no comércio é mais fraca. A criação de mais um feriado, além dos dois já existentes naquele mês, deve sacrificar ainda mais nosso comércio”, destacou Juca. Por ocupar o cargo de presidente do Legislativo, ele apenas deve votar em caso de empate.