A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste, por meio do secretário municipal de Governo, Rodrigo Maiello, respondeu, nesta semana, ao Requerimento 69/2015, de autoria dos vereadores Alex Braga – o Alex Backer (PV), Celso Ávila (PV), Emerson Luis Grippe – Bebeto (SD) e Wilson de Araújo Rocha – Wilson da Engenharia (PSDB). No pedido de informações, os parlamentares questionavam a Administração Municipal a respeito da falta de atendimento em algumas áreas da Saúde.
“Recebemos as respostas, mas muitas das informações prestadas pela Prefeitura não condizem com a realidade que constatamos ao visitar diferentes Unidades Básicas de Saúde e prontos-socorros”, afirmou Celso Ávila. Ele citou como exemplo a resposta da Administração Municipal a respeito do tempo de espera pela transferência de pacientes para um hospital. Segundo a Prefeitura, essa espera seria de, no máximo, um dia e meio, mas o vereador relata casos de pacientes que aguardaram até cinco dias no pronto-socorro antes de serem encaminhados à Santa Casa.
Em relação à demora na realização de exames como ressonância de joelho, Maiello afirmou que o Município apresenta uma demanda elevada, com aumento na solicitação de exames e baixa oferta deste procedimento pela rede estadual. Em função disso, ele ressalta que a Prefeitura contratou 800 ressonâncias junto à rede privada. Nesse caso, Celso Ávila também relata o elevado número de reclamação de pacientes e questiona se esses exames estão realmente sendo executados.
No caso dos exames de colonoscopia, segundo a Prefeitura, há uma demanda reprimida de 852 pacientes, enquanto 349 pacientes esperam para realizar o exame de endoscopia. Nesses dois casos, não há nenhum contrato para realização de exames na rede privada. “Isso é um absurdo! A colonoscopia serve para detectar o câncer no intestino do paciente e, em decorrência da demora ou da falta da realização desse exame, a doença pode se agravar e até levar o paciente a óbito”, disse Celso, que também reclamou da falta de exames de ultrassonografia.
Com relação ao fechamento do Centro Oftalmológico, Maiello afirmou que a Prefeitura não recebeu nenhum comunicado nesse sentido, mas destacou que o pagamento a essa unidade é proveniente de recurso federal, cabendo à Secretaria de Saúde a avaliação e auditoria dos serviços prestados e das contas faturadas, para assegurar que não ocorra nenhuma irregularidade. “A depender do tipo e do número de procedimentos a serem auditados, o repasse da Secretaria de Saúde para a Santa Casa pode demorar mais ou menos tempo, uma vez que todo o processo é rigorosamente acompanhado por um médico auditor do SUS em Santa Bárbara d’Oeste”, afirmou o secretário. Para o vereador, essa resposta da Administração levanta outra questão. “Se esse recurso não foi repassado, foi constatada alguma irregularidade?”, indagou o vereador, que deve apresentar outro requerimento de informações sobre esse assunto.
Por fim, os vereadores questionaram a previsão de término das UBSs e obtiveram como resposta que ainda não há previsão quanto ao término de cada unidade, uma vez que, para a conclusão dessas obras, em fase de acabamento, é necessário o investimento de recursos próprios do Município. “O prefeito anunciou a disponibilidade de mais de R$ 5 milhões para a reforma da praça do Terminal Urbano, mas a Prefeitura afirma não possuir recursos para a conclusão dessas unidades de saúde. Nós, vereadores que acompanhamos a situação das unidades básicas, acreditamos que essas obras seriam prioritárias”, concluiu.