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De autoria da vereadora Esther Moraes (PL), foi aprovado, ontem (27), durante a 15ª Reunião Ordinária, o Requerimento 328/2021. Essa propositura dispõe sobre a criação de Comissão de Representação de Acompanhamento às famílias em Estado de Vulnerabilidade Social e Econômica em Santa Bárbara d’Oeste, também denominada de Comissão de Enfrentamento à Miséria e à Extrema Pobreza. A criação dessa comissão tem por objetivo acompanhar a situação das populações economicamente mais vulneráveis da cidade, para a elaboração de um diagnóstico da miséria e da pobreza extrema em Santa Bárbara d’Oeste, contribuindo para o desenvolvimento de ações em apoio a essa parcela da população.

“Em 2020, durante alguns meses, mais de 29 mil famílias barbarenses receberam o auxílio emergencial, no valor de R$ 600 mensais. Em dezembro, no entanto, esse benefício deixou de ser pago”, explicou Esther, ressaltando que o novo auxílio anunciado pelo Governo Federal terá valor máximo de R$ 375 por mês, quantia insuficiente para a sobrevivência no Município. A parlamentar aponta também que, segundo dados do Ministério da Cidadania, 39,9 milhões de pessoas vivem na extrema pobreza no Brasil. Com a pandemia do novo coronavírus, a qualidade e a quantidade de comida consumida por crianças e adolescentes foi afetada. “Sem ter a quem recorrer, como programas de distribuição de alimentos, cerca de nove milhões de brasileiros deixaram de comer, segundo recente pesquisa realizada pelo Ibope em parceria com a Unicef. Nos lares com crianças e adolescentes, esse número foi ainda maior”, afirmou.

A vereadora também relata a crescente demanda de munícipes em busca de cestas básicas na Câmara Municipal, muitos dos quais não conseguiu alimentos no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). “Todas as ações de políticas públicas, sejam quais forem suas elaborações originais, inclusive estaduais ou federais, se concretizam nas cidades. É nos municípios que tudo acontece, onde os diferentes serviços são oferecidos”, explicou, ressaltando a necessidade de se estrutura um Plano Municipal de Combate à Fome e à Extrema Pobreza. “É dever institucional do Poder Legislativo o acompanhamento e fiscalização eficiente dos gastos públicos, inclusive cobrando ações concretas de atendimento às famílias em vulnerabilidade social”, concluiu.