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O vereador Carlos Fontes apresentou moção de protesto e repúdio contra o secretário municipal de Saúde, Marcus Pensuti, em razão da demissão de dois médicos do Pronto-Socorro Dr. Edison Mano. Os desligamentos, segundo o parlamentar, ocorreram na manhã do último dia 27 de novembro, logo após os profissionais denunciarem publicamente o atraso de 90 dias no pagamento de seus salários. Na proposição, o autor considera que os médicos foram dispensados durante o plantão, após fixarem avisos dentro do PS informando sobre a situação.

Para Fontes, a Secretaria Municipal de Saúde teria adotado uma medida arbitrária ao determinar o desligamento imediato dos médicos em vez de solucionar o atraso ou prestar esclarecimentos adequados, ao mesmo tempo em que colocou em risco o atendimento de emergência. O vereador destaca que a Constituição Federal garante liberdade de expressão e direito de manifestação e de informar a população sobre irregularidades que afetam o interesse público.

Na moção, o parlamentar lembra que o atraso salarial dos médicos da rede municipal já vinha sendo cobrado oficialmente pela Câmara, inclusive com requerimentos solicitando esclarecimentos da empresa terceirizada. “O pedido de abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar os atrasos e eventuais falhas na fiscalização do contrato com a terceirizada não avançou por falta de assinaturas, apesar do apoio dos vereadores Paulo Monaro, Wilson da Engenharia, Celso Ávila e Felipe Corá”, lamenta Fontes.

O autor defende que esse episódio da demissão dos médicos revela “desorganização administrativa, falhas de fiscalização e desrespeito aos profissionais da saúde, os quais continuavam atendendo normalmente mesmo sem serem pagos há três meses”. Agora, a Moção nº 433/2025 tramita pelas comissões da Casa de Leis antes seguir para votação em plenário.