O vereador Carlos Fontes protocolou, nesta sexta-feira (15), na Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste, o Requerimento nº 474/2025, cobrando explicações do Departamento de Água e Esgoto (DAE) e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU) sobre as denúncias de cobrança abusiva de água no Residencial Araçari, no bairro Roberto Romano.
No documento, o parlamentar traz relatos de moradores do condomínio — entregue recentemente pela CDHU com a presença do governador Tarcísio de Freitas — sobre as contas de água coletivas no valor aproximado de R$ 32 mil mensais, montante que está sendo rateado igualmente entre os 186 apartamentos, sem considerar o consumo real de cada unidade.
Segundo Carlos Fontes, o DAE não tem realizado a leitura dos hidrômetros individuais instalados nos blocos, mas baseando as cobranças na leitura de um hidrômetro geral da rua, que contabiliza o consumo de toda a área comum e de todos os apartamentos juntos. “Isso fere o princípio da justiça tarifária e penaliza justamente quem consome menos”, criticou o parlamentar.
O requerimento ressalta que o acesso aos hidrômetros individuais é amplo e desobstruído, não havendo justificativa para a não leitura. Além disso, os moradores afirmam que buscaram atendimento no DAE, mas receberam apenas a orientação para aguardar a análise de protocolos, sem prazo para solução — mesmo diante do risco de corte no fornecimento de água, o que preocupa especialmente famílias com idosos, crianças e pessoas com deficiência.
Carlos Fontes também aponta omissão da CDHU, citando relatos de problemas estruturais, boletos inválidos, infiltrações, falta de orientação à gestão do condomínio e ausência de suporte desde a entrega das unidades. “Transformaram um projeto social em uma fonte constante de angústia e insegurança. É inadmissível que os moradores sejam tratados com tanto descaso”, afirmou o vereador.
Dentre os questionamentos propostos, o autor pede que a Prefeitura, via DAE e CDHU, informe o motivo de não ser feita a leitura individual dos hidrômetros e quando o sistema de medição individualizada será implantado. Ele pergunta também se há possibilidade de revisão das cobranças já feitas e qual a responsabilidade da CDHU na regularização do fornecimento de água.
O requerimento protocolado aguarda resposta oficial dos órgãos envolvidos e Carlos Fontes diz não descarta o acionamento do Ministério Público, caso não haja uma solução rápida para o problema.
Publicado em: 15 de agosto de 2025
Publicado por: Marcela Delphino - Mtb 57.565
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Categoria: Notícias da Câmara
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