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Santa Bárbara D'Oeste

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PINGUIM VISITA CLÍNICA DE HEMODIÁLISE E RECEBE RECLAMAÇÕES SOBRE FALTA DE MEDICAMENTOS DO SUS


      O vereador Fabiano Ruiz Martinez, o Pinguim (PDT), visitou hoje (19) uma clínica de hemodiálise, em Santa Bárbara d’Oeste, onde recebeu reclamações  sobre a falta de medicamentos para doentes renais crônicos. Após a visita à clínica, conveniada ao SUS (Sistema Único de Saúde), o vereador pretende apresentar requerimento de informações à Prefeitura, pedindo informações sobre a falta de medicamentos no município, além de encaminhar um ofício à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, cobrando que sejam distribuídos remédios utilizados para combater anemia, atualmente em falta. O parlamentar também quer que a Lei Municipal 2.996/07, que institui a Semana de Doação de Órgãos e Tecidos para transplante, seja colocada em prática.

      De acordo com Solange Felipe, analista administrativo dessa clínica, desde janeiro o medicamento Eritropoetina 4000 está em falta em toda região, por isso a medicação está sendo fracionada para conseguir atender a todos os pacientes. “Doentes renais que precisavam tomar três doses desse medicamento por semana, hoje tomam apenas uma”, afirmou. Segundo ela, outro medicamento utilizado no combate à anemia, o Noripurum, também passou a ser dividido entre os pacientes, devido à recente redução na oferta pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

      Esses dois medicamentos são distribuídos para as clínicas de hemodiálise da região pela Farmácia de Alto Custo, localizada em Campinas, subordinada à Secretaria de Estado da Saúde, que faz o repasse dos medicamentos adquiridos pelo Ministério da Saúde. “A única informação que nos passam é que o governo federal está diminuindo a compra. Na última semana, faltaram 300 ampolas de medicamento apenas para esta clínica”, afirmou Solange. O município de Santa Bárbara conta, atualmente, com cerca de 60 pacientes com doença renal crônica, atendendo um total de 135 pessoas, incluindo pacientes de outras cidades da região.

      O aposentado José Nicanor Possobom, doente renal há mais de quatro anos, obrigado a fazer hemodiálise três vezes por semana, além da diminuição dos medicamentos enviados pela Farmácia de Alto Custo, também reclama da falta de medicamentos nos postos de saúde do município. “Com a receita em mãos, não consegui obter remédios como Omeoprazol e AAS Infantil. Os atendentes falaram pra eu procurar a Farmácia Popular, pois esses medicamentos estavam em falta na rede pública”, afirmou.

      Nicanor também reclamou da falta de campanhas que incentivem a doação de órgãos pelas famílias, e da falta de orientação dos médicos, o que poderia melhorar a qualidade de vida e salvar muitos pacientes com doenças crônicas. “No momento de dor, as famílias nem pensam que poderiam salvar outras vidas, cabe aos profissionais de saúde fazer esse tipo de orientação. Se as famílias tivessem clareza sobre a importância desse ato, também incentivariam a retirada de órgãos”, disse.

      O vereador Pinguim destaca que a Constituição Federal é clara quando afirma que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. O parlamentar ressalta que, além da constituição, a Lei do SUS estabelece que a atenção à saúde deve ser integral, abrangendo tudo aquilo que for necessário para prevenir e curar as doenças, inclusive os medicamentos.

      “A Constituição assegura também que todo cidadão tem direito de obter, gratuitamente, os medicamentos que necessita. Até porque eles já pagaram antes por esses remédios, por meio dos impostos. Portanto, as unidades da rede pública de saúde devem, obrigatoriamente, fornecer aos pacientes os medicamentos receitados”, afirmou. Por meio do requerimento de informações à Prefeitura e do ofício encaminhado ao governo estadual, o parlamentar quer saber qual o motivo da falta de medicamentos no município.

      Em relação à campanha de conscientização sobre a doação de órgãos, Pinguim destaca que já existe uma lei municipal que trata sobre o tema, e que ela deve ser colocada em prática. “Em outros estados, como o Mato Grosso, campanhas de incentivo à doação de órgãos resultaram em um aumento gradual no número de transplantes de córneas, rins e de enxertos ósseos. Além de salvar uma vida, o ato da doação traz muita satisfação aos familiares de um paciente com morte encefálica, ao perceber que, após a morte, esse ente querido conseguiu ajudar outra pessoa”, afirmou Pinguim.
 


Publicado em: 19 de abril de 2010

Publicado por: Câmara Municipal

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Categoria: Notícias da Câmara

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