Duas palestras sobre maternidade foram promovidas, nesta quinta-feira (10), no Plenário Dr. Tancredo Neves, na Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste. As apresentações, que contaram com a presença do presidente do Legislativo, Edison Carlos Bortolucci Júnior – o Juca (PSDB), fazem parte das comemorações da Semana da Mulher, promovida desde a última terça-feira pela Câmara barbarense.
Às 14 horas, o Legislativo sediou a palestra “Parto Humanizado: O que é?”, ministrada pela doula Caroline Belomo. Em seguida, a Câmara recebeu a apresentação da psicóloga Camila Peres, que falou sobre o tema “Desafios da Maternidade nos dias atuais”. As duas palestras foram assistidas por servidoras da Câmara e por visitantes, inclusive por um grupo de gestantes que são acompanhadas por doulas - assistentes de parto, com ou sem formação médica, que acompanham a gestante durante toda gestação até os primeiros meses após o parto, cujo foco de atuação é o bem estar da mulher.
Em sua apresentação, a doula Caroline Belomo explicou que a humanização do parto não significa mais uma nova técnica, mas, sim, o respeito à fisiologia do parto e à mulher. Segundo ela, muitos hospitais ignoram as regulamentações exigidas pela Organização Mundial de Saúde, seja por querer todo o controle da situação do parto, para desocupar leitos mais rápido ou por comodidade de médicos e dos próprios pais. “Humanizar o parto é dar liberdade às escolhas da mulher, prestar um atendimento focado em suas necessidades, dando à mãe o controle da situação na hora do nascimento”, afirmou Caroline, ressaltando que mesmo o parto cesárea pode ser humanizado.
Na segunda palestra desta quinta-feira, a psicóloga Camila Peres fez um retrospecto da posição da mulher na sociedade e do significado da maternidade em diferentes épocas. Segundo a psicóloga, além da maternidade, as mulheres hoje acumulam atividades profissionais em um mundo competitivo, cheio de protocolos e prazos. Além disso, com famílias menos numerosas, elas vivem mais solitárias e assumem, na maioria das vezes, sozinhas, toda a responsabilidade e execução de tarefas. “Os tempos mudaram muito, mas muitas mulheres ainda vivem o sonho romântico da maternidade e a promessa do sentimento de plenitude que ela supostamente traz, o que pode gerar frustração e culpa”, explicou.