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     O presidente da Câmara de Santa Bárbara d’Oeste, Anízio Tavares da Silva (DEM), esteve hoje (21) à tarde na Secretaria de Segurança Pública, em São Paulo, reivindicando aumento do efetivo da Polícia Civil e maior rapidez na emissão de carteiras de identidade à população. O parlamentar foi recebido pelo assistente da SSP, Carlos Estracine.

     Com relação ao aumento do efetivo, a informação recebida por Anízio o deixou descontente, uma vez que não há pessoal concursado para preenchimento das vagas nos municípios. Atualmente, explicou Estracine, alguns concursos públicos estão em andamento e somente depois de concluídos que os aprovados poderão ser convocados para assumir os cargos, lembrando que terão que passar ainda por um curso na Academia de Polícia.

     Ele informou que existem 186 delegados de polícia concluindo a academia e serão contratados cerca de 1,6 mil investigadores e 800 escrivães. “Assim que tivermos a solução desses concursos é que vamos poder completar ou amenizar esses claros que estão aí”, comentou o assistente.

     Anízio reafirmou que o efetivo da Polícia Civil na cidade está bastante defasado e o Governo do Estado demorou muito para abrir os concursos públicos. “A população está precisando urgentemente de mais policiais pois o município está tendo grande dificuldades por falta de funcionários e terá que esperar até o final de 2010 ou início de 2011 para que tenha um melhor atendimento por parte da Polícia Civil”. É triste mas foi o que ouvi do representante da Secretaria de Segurança Pública”, criticou o presidente do Legislativo.

     Quanto ao menor prazo para emissão das carteiras de identidade na cidade, que demoram de três a cinco meses para ficar prontas, Estracine contestou a informação dizendo que o RG em Santa Bárbara d’Oeste não pode demorar mais que 10 a 12 dias para ser emitido. Anízio levou documento provando que o prazo mínimo é de 90 dias e diante do quadro apresentado, ele se comprometeu a fazer um levantamento para verificar o que está acontecendo e buscar uma solução para o problema. “Demorar esse prazo é um absurdo”, comentou Estracine dizendo que o RG tem que sair no máximo em 12 dias. “Espero que a resposta do Governo seja positiva e que eles possam mesmo chegar nesse prazo de 10 a 12 dias para emitir um documento de identidade”, disse Anízio, após a reunião na capital paulista.

DEFASAGEM

     Atualmente, de acordo com os números fornecidos pela Delegacia Seccional, uma equipe de 59 pessoas atua na cidade para atender à população, entre delegados, investigadores, escrivães de polícia, agente de telecomunicações, auxiliar papiloscopista policial, carcereiros, agentes policiais e pessoal administrativo, divididos em seis unidades de atendimento: Delegacia de Polícia, 1º Distrito Policial, 2º Distrito Policial, 3º Distrito Policial, Delegacia da Mulher e Ciretran.

     Esse número de pessoal é pequeno se comparado com a necessidade real e o número ideal de efetivo da Polícia Civil para o município. Para atender a necessidade real, segundo o documento do delegado Dutra, seriam necessários que mais 52 profissionais estivessem atuando nas unidades policiais barbarenses. Agora, para agilizar e atender plenamente todas as necessidades da cidade, o número ideal previsto seria de mais 97 funcionários.

     Hoje, a cidade dispõe de sete delegados e a necessidade real seria de, no mínimo, 13, embora o número ideal esteja previsto em 16. O número de escrivães, hoje em dez, deveria subir para 19 (necessidade real) e chegar a 36 (ideal). O quadro de investigadores – hoje com 14 policiais – apresenta uma defasagem de dez funcionários se levar em conta a necessidade real de 24 homens, mas o ideal seria 40. O número de carcereiros de 18 subiria para 20 para atender a necessidade real, mas o ideal seria 26. A necessidade real na área de agentes policiais seria a contratação de mais três funcionários, o que elevaria o número para oito, mas o ideal seria nove. Na área administrativa, hoje com apenas dois funcionários, deveria ter 23 servidores, dos quais 19 para atuar na Ciretran. O ideal previsto seriam 25 funcionários administrativos. Além disso, a PC necessitaria da contratação de mais um agente de telecomunicações e os dois auxiliares papiloscopistas atendem a demanda atual.