A Comissão de Representação e Acompanhamento do Plano Estadual de Imunização contra a COVID-19 de Santa Bárbara d'Oeste solicitou, ontem (17), via email, uma reunião com a Administração Municipal para tratar de relatório apresentado no dia 26 de fevereiro à Secretaria Municipal de Saúde e outras questões relevantes. O relatório em questão traz 11 medidas a serem estudadas e adotadas pela pasta, além de questionamento acerca da quantidade de pessoas incluídas no cadastro municipal de vacinação.
A comissão, presidida pela vereadora Esther Moraes (PL), acompanha a vacinação nas seis unidades de saúde disponíveis para isso. "Notamos que a quantidade de pessoas com sintomas de COVID-19 nas UBSs aumentou consideravelmente, já que existem unidades vacinando e atendendo normalmente casos desta e de outras doenças. Um exemplo é a UBS do Grego, que atende pacientes com síndromes gripais, farmácia, atendimentos de rotina e vacinação contra o coronavírus, causando a superlotação desses espaços, o que não faz sentido no pior momento da pandemia, quando é aconselhado o distanciamento social. Por isso, voltamos a ressaltar a importância da reconsideração dos pontos de vacinação na cidade", declara Esther, que atua na comissão ao lado dos vereadores Nilson Araújo Radialista (PSD) e Bachin Jr. (MDB).
Os parlamentares evidenciam, também, a preocupação com a quantidade de pessoas incluídas no cadastro municipal de vacinação, disponível em meio eletrônico e por telefone. "Ainda não tivemos acesso ao número de cadastrados e quais os bairros que mais cadastraram, mas sabemos que o acesso à internet e ao telefone não é democrático e muitos idosos não conseguem se cadastrar, portanto não foram vacinados. "Durante visita a alguns bairros, ouvi relatos de idosos que sequer sabiam do cadastro, o que evidencia a necessidade de democratização do acesso à vacinação em nosso Município", afirma a presidente da Comissão.
No encontro solicitado à Prefeitura, a Comissão pretende, ainda, esclarecer as demandas recebidas de profissionais da saúde e idosos com 80 anos ou mais que não foram vacinados até o momento. "Queremos saber por que tantas pessoas que deveriam ter sido vacinadas ainda não foram e, ao mesmo tempo, uma nova faixa etária iniciou a vacinação, causando a falsa impressão de que a vacinação já foi completada nos grupos prioritários iniciais", questiona Esther. A Comissão destaca, por fim, a importância do respeito às regras de distanciamento social, ao uso máscara e de álcool em gel para o enfrentamento desta pandemia.