A Câmara de Vereadores deve apreciar, na próxima terça-feira (20), durante a realização da primeira sessão do segundo semestre, o projeto de decreto-legislativo que autoriza a celebração de convênio entre o Legislativo e a Fundação Romi, por intermédio do Cedoc (Centro de Documentação), para a prestação de atividade de digitalização e higienização das atas.
É o que ficou definido hoje (14) em reunião do presidente Anízio Tavares da Silva (DEM) com os representantes da Fundação Romi, os historiadores Antonio Carlos Angolini e Sandra Edilene de Souza. O procurador Raul Miguel Freitas de Oliveira, que elaborou os termos da propositura a ser votada pelos parlamentares e cuidou do processo de parceria, também participou do encontro na presidência.
A digitalização das atas da Câmara tem como objetivo a preservação dos documentos e a disponibilização desse material considerado de relevância pública no Centro de Documentação Histórica da Fundação Romi e nos sites da Fundação Romi e da Câmara Municipal. Dessa forma, nesses locais, as informações contidas nas atas estarão acessíveis a qualquer interessado em um banco de dados que permitirá realizar pesquisas por assunto, nome e data.
A documentação pertencente à Câmara que se pretende digitalizar data de 1869 a 2000, período em que as atas eram manuscritas, datilografadas ou digitadas. São dezenas de livros de atas que somam aproximadamente 20 mil páginas. A partir de 2001, a Câmara passou a guardar os arquivos digitais que deverão ser fornecidos a Fundação Romi de forma contínua e gratuita para passarem a compor o banco de dados.
Os documentos originais, após a digitalização, serão devolvidos à Câmara que será responsável pela sua guarda e preservação. Com o arquivo digital, qualquer consulta a essa documentação poderá ser realizada através da internet não havendo necessidade de manuseio dos documentos.
Após a aprovação do projeto de decreto-legislativo pela Câmara, será feita a publicação do decreto e assinado o convênio entre as partes. Após isso, será feito um plano de trabalho e, ao mesmo tempo, inicia-se o processo de digitalização das atas, através do Centro de Documentação da Fundação Romi.
“A preocupação da Fundação Romi em fazer este convênio com a Câmara é justamente para preservar a história da cidade e assim as futuras gerações terão ideia de quem construiu essa cidade”, afirmou Angolini, acrescentando que o trabalho é longo e demorado, mas se está dando o primeiro passo. Segundo ele, depois de escaneadas as imagens terão de ser tratadas, recortadas e catalogadas para disponibilizá-las aos interessados em um banco de dados. Esse trabalho irá competir à Câmara, por meio do setor de biblioteca e arquivo. Angolini também enalteceu a iniciativa do presidente Anízio Tavares. “Mostra a preocupação, o amor pela história e o amor pela cidade, resgatar a história mostra o trabalho de comprometimento”, destacou o historiador.
Todas as etapas desse trabalho deverão ser realizadas de forma gratuita. Em contrapartida, a Câmara cederá a Fundação Romi uma cópia das imagens digitais de todo o material digitalizado para uso irrestrito e a seu critério.
O presidente Anízio Tavares acredita que em setembro a Câmara deverá contar com um profissional da área de biblioteconomia para cuidar desse trabalho no Legislativo, após a realização de concurso público. Os equipamentos necessários para dotar o arquivo e a biblioteca também já estão sendo cotados pelo setor de licitações.
“É o primeiro passo do trabalho de resgate da história do Legislativo. Não se tinha isso aqui antes e acredito que será um ganho enorme para a história da cidade”, disse o presidente. Na semana que vem, a convite dos historiadores, Anízio Tavares deverá realizar uma visita técnica ao Centro de Documentação Histórica para conhecer os trabalhos desenvolvidos pela instituição.
Publicado em: 14 de julho de 2010
Publicado por: Câmara Municipal
Cadastre-se e receba notícias em seu email
Categoria: Notícias da Câmara
Copyright 2025 Todos os Direitos Reservados | Desenvolvido por: Sino Informática. | Versão: 1.0.0.4