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     Para discutir a atuação do transporte público metropolitano no município, a Câmara Municipal promoveu na sexta-feira a realização de uma audiência pública. No encontro, coordenado pelo presidente do Legislativo, Erb Oliveira Martins, o Uruguaio (PPS), estiveram participando o diretor da Coordenadoria Municipal de Transportes, José Vladeir Truzzi, o representante da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), José Eduardo Toledo Cruz Júnior, os vereadores Anízio Tavares (DEM), Kadu Garçom (PR), Juca Bortolucci (PSDB), Carlos Fontes (DEM), Danilo Godoy (PSDB), Carlão Motorista (PDT) e Fabiano Pinguim (PDT), secretário de Cultura, Giovanni Bonfim e representantes da sociedade civil, além de populares.

     Durante mais de duas horas, autoridades, técnicos e populares puderam expor suas manifestações e questionamentos sobre a qualidade do serviço de transporte oferecido à população barbarense. O evento aconteceu em momento oportuno, uma vez que o Governo do Estado de São Paulo anunciou, na semana passada, investimentos na região, com a ampliação do corredor metropolitano Noroeste e Santa Bárbara d’Oeste será contemplada nesse projeto de retomada das obras.

     Truzzi comparou o transporte urbano e metropolitano a um casamento, mas que a convivência não está sendo harmoniosa. “Temos que acertar a convivência e não recebemos dessa empresa (EMTU) nenhum equipamento a não ser o Pró-Polos em frente ao Tivoli Shopping, enquanto em Sumaré e Hortolândia existe abrigo de ônibus em área de pasto”, reclamou. O coordenador de transportes elogiou o anúncio dos investimentos no corredor metropolitano e afirmou que o município não pode perder essa bandeira do corredor. “Essa será uma obra histórica para nós, que irá trazer progresso e desenvolvimento ao município”, disse.

     Falando em nome da EMTU, José Eduardo frisou que a questão da concorrência entre urbano e metropolitano é analisada por um setor da empresa, mas que o serviço já existia antes herdado do DER (Departamento de Estradas de Rodagem). “Mas a intenção é melhorar o serviço, a frota, e o sistema tem as suas dificuldades como qualquer outro. A EMTU exige que o operador cumpra todas as normas de confiabilidade de horário, limpeza e condições de segurança”, relatou, destacando que as obras do corredor irão trazer uma melhoria significativa para a região, com melhor qualidade do serviço e racionalizar os sistemas municipal e intermunicipal, proporcionando maior rapidez nos deslocamentos e tarifa unificada.

     A questão da acessibilidade também foi discutida por vários representantes de entidades que compareceram ao encontro, e os técnicos garantiram que o assunto será tratado com prioridade tanto no sistema urbano quanto no metropolitano, embora os ônibus da AVA (Auto Viação Americana) que servem o município, não estão adaptados ainda com elevadores para transporte de portadores de necessidades especiais (cadeirantes).

     Para o presidente da Câmara, a audiência pública atingiu seu objetivo. “Nuca a EMTU tinha vindo à Câmara discutir sobre o transporte. Foi muito válida e deveria ter ocorrido há muito tempo porque é importante para o município”, declarou Uruguaio. O parlamentar informou que pretende realizar novas audiências em bairros da Zona Leste para discutir as questões que envolvem o transporte metropolitano.