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O presidente da Câmara Municipal de Santa Bárbara d'Oeste, vereador Júlio César Kifú, se reuniu nesta quarta-feira (5), por videoconferência, com as procuradoras do Ministério Público do Trabalho (MPT) Danielle Olivares Corrêa e Fernanda Barreto Naves, coordenadoras nacionais da Coordigualdade. A conversa, acompanhada pelo Diretor de Comunicação e Cerimonial da Câmara, Henrique Demarchi, teve como foco ações afirmativas, cotas raciais e sugestões para um ciclo temático que a Câmara pretende realizar de junho até novembro, em referência ao Mês da Consciência Negra.

O primeiro evento do ciclo está em fase de organização e terá como tema “Por que falar de raça? Políticas públicas e ações afirmativas no município”. A proposta é abrir espaço para o debate sobre desigualdades raciais e o papel do poder público na promoção da equidade. Outros encontros devem tratar de temas como educação antirracista nas escolas, segurança pública e juventude negra, além de ações afirmativas no setor privado.

Durante a reunião, as representantes do MPT compartilharam experiências de projetos institucionais voltados à promoção da igualdade racial. Entre eles, o AfroPresença, que busca ampliar o acesso de jovens negros e negras ao mercado de trabalho formal, com foco em vagas de estágio e trainee; e a campanha “Racismo é Falta”, que atua no combate ao racismo no futebol brasileiro. O MPT também vem atuando para garantir o cumprimento de cotas raciais em concursos públicos e na fiscalização de práticas discriminatórias em empresas e órgãos públicos.

O presidente da Câmara destacou a importância de tratar o tema com seriedade e continuidade. Ele também deve incluir na organização do evento vereadores que integram a Comissão Permanente de Igualdade Racial e Enfrentamento ao Racismo. “Precisamos sair do discurso e criar espaços permanentes de debate. Falar sobre racismo é responsabilidade de todas as instituições, inclusive do Legislativo. Essas sugestões do MPT contribuem para que a gente qualifique o debate e avance em ações concretas”, afirmou Kifú.

A programação completa dos encontros será divulgada ao longo das próximas semanas e deve envolver especialistas, educadores, representantes de movimentos sociais e profissionais do setor público e privado.