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     Com o objetivo de colher subsídios para a montagem de um arquivo e biblioteca na Câmara Municipal, o presidente Anízio Tavares da Silva (DEM) esteve hoje (21) visitando o Cedoc (Centro de Documentação Histórica) da Fundação Romi, acompanhado dos assessores técnicos Oracy Scavassini e Davi Evangelista. O parlamentar foi recebido pelo diretor-superintendente Liu Fat Kam e pelos historiadores Antonio Carlos Angolini e Sandra Edilene de Souza Barboza.

     Anízio Tavares conheceu todo o processo de funcionamento do Cedoc, desde o arquivo bruto dos documentos para serem processados, sistema de higienização, serviço de catalogação, arquivo deslizante e biblioteca. Também acompanhou a demonstração de funcionamento do scanner, que vai copiar as atas do Poder Legislativo mediante assinatura de convênio com a Fundação Romi, cujo projeto de decreto-legislativo foi aprovado na sessão da Câmara desta terça-feira.

     “Queremos que a Câmara usando da nossa experiência faça a mesma coisa por meio de um arquivo profissional obedecendo as técnicas de conservação, preservando as coisas importantes da história da cidade contidas nas atas desde 1869 até os dias atuais”, destacou Angolini, lembrando que a Fundação Romi assumiu o compromisso de digitalizar as atas. “É o primeiro passo para garantir que as imagens estarão salvas de qualquer acidente”, disse o historiador.

     Para o presidente da Câmara, a visita é muito importante para ajudar no planejamento do Legislativo para a criação do arquivo e biblioteca. “Viemos conhecer o sistema implantado pela Fundação Romi. Não vamos fazer igual e com toda a estrutura da instituição porque não há a necessidade, mas queremos que os documentos históricos sejam preservados de forma adequada, o que até agora a Câmara nunca teve”, disse Anízio Tavares.

     Amanhã (22), a Diretoria Legislativa publica no jornal oficial o Decreto-Legislativo nº 06/2010, que dispõe sobre convênio com a Fundação Romi para digitalização das atas da Câmara Municipal. Em seguida, será assinado o convênio entre as partes para o início dos trabalhos. “A partir da próxima semana já estaremos encaminhando o primeiro livro de atas para que a Fundação Romi comece os trabalhos”, afirmou Anízio Tavares.

DIGITALIZAÇÃO

     A digitalização das atas da Câmara tem como objetivo a preservação dos documentos e a disponibilização desse material considerado de relevância pública no Centro de Documentação Histórica da Fundação Romi e nos sites da Fundação Romi e da Câmara Municipal. Dessa forma, nesses locais, as informações contidas nas atas estarão acessíveis a qualquer interessado em um banco de dados que permitirá realizar pesquisas por assunto, nome e data.

     A documentação pertencente à Câmara que se pretende digitalizar data de 1869 a 2000, período em que as atas eram manuscritas, datilografadas ou digitadas. São dezenas de livros de atas que somam aproximadamente 20 mil páginas. A partir de 2001, a Câmara passou a guardar os arquivos digitais que deverão ser fornecidos a Fundação Romi de forma contínua e gratuita para passarem a compor o banco de dados.

     Os documentos originais, após a digitalização, serão devolvidos à Câmara que será responsável pela sua guarda e preservação. Com o arquivo digital, qualquer consulta a essa documentação poderá ser realizada através da internet não havendo necessidade de manuseio dos documentos.Todas as etapas desse trabalho deverão ser realizadas de forma gratuita. Em contrapartida, a Câmara cederá a Fundação Romi uma cópia das imagens digitais de todo o material digitalizado para uso irrestrito e a seu critério.

     O presidente Anízio Tavares acredita que em setembro a Câmara deverá contar com um profissional da área de biblioteconomia para cuidar desse trabalho no Legislativo, após a realização de concurso público. Os equipamentos necessários para dotar o arquivo e a biblioteca também já estão sendo cotados pelo setor de licitações.