O presidente da Câmara de Santa Bárbara d’Oeste, Anízio Tavares da Silva (DEM), participou ontem (21) do Forseg 2009 (Fórum de Debate sobre Segurança Pública e Justiça Social) realizado no auditório do IASP (Instituto Adventista de São Paulo), em Hortolândia. O evento foi organizado pelo Parlamento Metropolitano da RMC (Região Metropolitana de Campinas), órgão no qual Anízio é 2º vice-presidente, e que é comandado pelo presidente do Parlamento e da Câmara de Hortolândia, George Julien Burlandy (PR). O vereador barbarense Kadu Garçom (PR) também participou do evento, que contou com a presença de 280 autoridades da região e de especialistas em segurança.
Durante o Forseg, especialistas no assunto apontaram maneiras de combater a violência que atinge todo o Brasil. A participação de José Carlos Blat, famoso promotor de justiça criminal de São Paulo, autor de ações de repercussão nacional, foi uma das mais comentadas do dia. Ele apontou graves erros no sistema de segurança pública do País, parabenizou o presidente da Câmara de Hortolândia e do Parlamento Metropolitano, George Julien Burlandy, pela iniciativa e apontou polêmicas medidas de combate à criminalidade.
“A participação do poder público para combater a criminalidade é necessária. Os municípios podem implantar leis que inibem o crime, como podem por fim aos desmanches de veículos”, exemplificou o promotor. Ele citou ainda ser necessária “tolerância zero” ao crime. “É preciso criar leis que dificultem o trabalho do crime organizado. Acabar com estabelecimentos que promovem jogatinas, prostíbulos, implantar horário limite de funcionamento de bares e toque de recolher. Adolescentes não devem ficar de madrugada na rua. Para tudo isso é preciso que as prefeituras se utilizem dos seus poderes e que haja união das forças policiais”, disse.
O presidente da Associação Paulista de Magistrados, desembargador Luiz Henrique Calandra, disse que é preciso repensar a remuneração dos agentes de polícia. “Precisamos de investimentos nas polícias, no poder Judiciário, no sistema carcerário”, salientou. Já O deputado estadual Major Olímpio foi incisivo: “Há omissão do governo sobre esse assunto. Faltam policiais e por isso estamos pagando esse preço, o preço do descaso. É fundamental acoplar forças de segurança pública”, disse.
A corrupção foi citada pelo jurista Sérgio de Azevedo Redó como um dos problemas que “alimenta toda a criminalidade”. “Temos que batalhar para que saia urgentemente a reforma do Judiciário. Precisamos acabar com a hipocrisia, pagar salários decentes a policiais e guardas municipais. Por isso, por ser um trabalho político, é muito importante esse tipo de evento”, parabenizou Redó.
O coordenador de projetos da Secretaria Nacional de Segurança Pública, tenente-coronel Wilquerson Sandes, disse ser necessário mudar a idéia de que o problema é da polícia. “Segurança pública é problema de todos e por isso é preciso mudar o modelo, justamente o que o governo federal tem feito. Criamos o Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania, que visa ações envolvendo outras esferas da sociedade. Quando falamos em violência, até o redesenho urbano, a recuperação de uma praça, por exemplo, é preciso ser feito com um especialista em segurança acompanhando o projeto”, observou.
Publicado em: 22 de setembro de 2009
Publicado por: Câmara Municipal
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Categoria: Notícias da Câmara
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