O presidente da Câmara Municipal, Anízio Tavares da Silva (DEM), recebeu hoje (19), em seu gabinete, Carlos Vladimir Pereira, proprietário da empresa de segurança eletrônica Vecon, responsável pela instalação das câmeras de segurança no prédio do Legislativo no ano passado. Uma sindicância será aberta para verificar eventuais falhas no contrato e descobrir quem são os responsáveis pelas frequentes panes no sistema de segurança e monitoramento.
O procurador jurídico Raul Miguel Freitas de Oliveira, o técnico em compras Omar Damião Tavares e a diretora financeira da Casa, Angelita Vedovato Sabino da Silva, também participaram da reunião.
Desde dezembro do ano passado, o sistema de vigilância eletrônica da Câmara está parado por problemas nas placas de vídeo e captura do computador que recebia as imagens. As causas desse defeito no equipamento ainda estão sendo analisadas pelo fornecedor das peças. Desde fevereiro de 2008, quando as câmeras de segurança foram instaladas no Legislativo, foram constatadas diferentes panes nas câmeras, geralmente provocadas por causa das chuvas, e na última vez o problema ocorreu no computador.
De acordo com o proprietário da Vecon, durante a instalação do sistema de vigilância eletrônica, técnicos da empresa avisaram sobre os possíveis problemas que o equipamento sofreria, caso não fosse realizada a quebra do gesso e a instalação dos cabos em uma tubulação apropriada. Segundo ele, mesmo assim, os funcionários receberam a ordem por parte de representantes do Legislativo de que os cabos fossem colocados sobre o telhado, pois esses serviços extras aumentariam o custo do trabalho.
“A antiga diretoria da Câmara decidiu por não fazer a instalação corretamente para dispensar a licitação. Precisamos fazer as adequações necessárias, mas o custo já passou R$ 8 mil, em vez dos R$ 6,3 mil pagos no ano passado”, disse Anízio. Para ele, em vez de economizar dinheiro público, a medida tomada na gestão anterior está causando mais despesas à Câmara.
Ainda durante a visita, Pereira afirmou que o contrato não foi fechado por ele, mas por uma terceira pessoa envolvida, mas que a empresa realizou todos os trabalhos previstos, recebendo diretamente do Legislativo. “Quando os técnicos vieram para instalar as 16 câmeras é que foram definidos os locais de instalação. Mesmo assim, os trabalhos geraram muitas discussões entre os vereadores e diversas mudanças ocorreram”, afirmou.
“Na verdade, o sistema só era suficiente para filmar os funcionários dentro do prédio”, disse Anízio.
Questionado pelo presidente do Legislativo, Pereira também destacou que as câmeras utilizadas na parte externa do prédio não são as mais indicadas, e que durante a noite não é possível identificar as pessoas ou placas dos veículos que trafegam pelo estacionamento e jardim. Por fim, o dono da Vecon afirmou que, caso não sejam realizadas as adequações necessárias, os problemas já constatados, geralmente provocados por descargas elétricas, voltarão a ocorrer.
“A situação é difícil, porque precisamos por o sistema para funcionar, para dar segurança ao prédio da câmara. Estamos procurando meios legais, uma vez que já foram gastos mais de 8 mil reais e não foi feita a licitação, o que não é permitido por lei”, finalizou o presidente.
Publicado em: 19/02/2009 00:00:00
Publicado por: Câmara Municipal