Um grupo de oito motoristas de ambulâncias esteve reunido hoje (2) na Câmara Municipal, com os vereadores Ademir da Silva (PT), Danilo Godoy (PSDB), Edison Carlos Bortolucci Júnior, o Juca (PSDB) e o assessor Paulo Monaro, representante do vereador Carlos Fontes (DEM), para reivindicar ajuda e apoio dos parlamentares para terem seus salários enquadrados no Grupo H no atual Plano de Empregos, Carreiras e Salários do município.
Os motoristas de ambulância da Secretaria de Saúde reclamam que, com a recente aprovação de lei do Executivo na Câmara, elevando o piso salarial da categoria de motoristas para o Grupo G, todos os profissionais tiveram seus salários equiparados. Os de ambulância receberam, em média, 8% de reajuste. Os demais motoristas, segundo eles, tiveram aumento em torno de 40%. Atualmente, o salário inicial do Grupo G é de R$ 1.265 e o salário inicial do Grupo H, reivindicado pelos servidores, é de R$ 1.635.
“Nós perdemos muito com essa reclassificação e pretendemos que a Administração Municipal valorize os motoristas de ambulância que prestaram concurso público e se qualificaram para o exercício da função”, reclamaram os servidores. Eles informaram que o setor de Ambulâncias realiza serviços como transporte de pacientes acamados para consultas, transferências de prontossocorros e prestação de serviços de urgência e emergência de todos os tipos. Esse cargo criado, segundo os motoristas de ambulância, foi criado há cerca de dez anos com o interesse de qualificar o atendimento à população. Comparado com outros motoristas, esse cargo exigiu para ingresso, na época, maior grau de estudo, cursos específicos como primeiros socorros e avaliação prática rigorosa exclusiva ao cargo.
Os servidores contaram que os motoristas de ambulância sempre foram considerados merecedores, desde o início, de gratificações e melhores salários, decorrentes do trabalho diferenciado prestado à população, do alto grau de estresse e exposição a agentes contagiosos, como atendimento pré-hospitalar de pacientes, politraumatizados, vítimas de arma branca, de fogo e de espancamento, AVC (Acidente Vascular Cerebral), infectocontagiosos (tuberculose, meningite, H1N1, hepatite e hanseníase) e desmaios. Outros atendimentos que exigem um grande controle psíquico por parte dos profissionais são embriagados, agressivos, pacientes com distúrbios psiquiátricos, expondo o motorista a lesões durante a contenção dos mesmos e também os atendimentos resultantes em mortes, muitos em situações dramáticas. Também são realizados por eles os serviços de higienização do veículo visando à descontaminação entre atendimentos e limpeza freqüente de sangue e vômitos.
Por esta razão, os servidores que atuam na área solicitam apoio dos vereadores para junto à Administração Municipal reivindicarem análise da situação e reposicionamento do cargo para o Grupo H, solicitação considerada justa por eles e já concedida a outros cargos de antiga referência numérica 8.
O vereador Ademir disse será encaminhada uma indicação conjunta assinada pelos demais parlamentares ao prefeito Mário Heins (PDT) com a reivindicação dos motoristas de ambulância e a exposição dos motivos da categoria, além de marcação de reuniões com secretários municipais e representantes dos servidores para discutir o problema com o governo.
Publicado em: 02/12/2010 00:00:00
Publicado por: Câmara Municipal