Em atendimento à solicitação de uma munícipe, o vereador Emerson Luis Grippe, o Bebeto (SD), esteve no Hospital Santa Bárbara na tarde de ontem (10), fiscalizando o andamento dos atendimentos prestados aos pacientes do Sistema Único de Saúde, o SUS. Dentre os casos mais graves, o parlamentar cita o de uma moça que perdeu o filho e aguardava por uma cirurgia para remoção do feto. Segundo Bebeto, a crise financeira chegou ao ponto de ruptura da qualidade dos serviços prestados aos pacientes do SUS.
“Todo dia tenho reclamações de gente que precisa da Santa Casa. Sabemos que o Hospital é particular, porém eles prestam serviços à população, via SUS. A verba da Prefeitura não é suficiente e ainda foi reduzida no ano passado. As cirurgias foram canceladas, o laboratório chegou a fechar e o centro de Oftalmologia encerrou suas atividades. Está um caos, é uma bomba relógio e ela vai estourar”, declarou.
O parlamentar apurou que alguns funcionários estão recebendo seus salários em parcelas e que não há dinheiro para compra de medicamentos. “Não tem remédio nem para um atendimento simples, quanto mais para procedimentos cirúrgicos. Os funcionários estão preocupados com seus salários, pois têm famílias para sustentar e ninguém se pronuncia”, pontuou.
Apesar das tratativas junto à agência Desenvolve SP, do Governo do Estado, em setembro de 2014, não houve evolução para solução da dívida. “A reunião com a agência Desenvolve SP foi intermediada pela Prefeitura, em setembro do ano passado e, até hoje, os problemas só aumentaram. Há rumores de que a dívida esteja próxima a R$ 15 milhões”, disse. Segundo Bebeto, a Prefeitura ainda não renovou o Plano Operativo junto ao Hospital e isso pode culminar na suspensão das atividades pelo SUS no mês de julho.
“Até agora, pelas rádios e jornais, está tudo cor-de-rosa, mas essa não é a realidade. Acho que já está na hora do presidente do Hospital e do prefeito da cidade se pronunciarem, assumindo que o problema é grave”, completou. Para o parlamentar, precisa haver uma coalisão de Poderes para discutir o problema e buscar alternativas.
“O diálogo de que tanto falam não está acontecendo. Precisamos discutir todos juntos, soluções de curto, médio e longo prazo. O que não dá é esperar gente morrer e ver a população passando por essa situação humilhante”, concluiu.
